terça-feira, fevereiro 28, 2006

Carn'nad'val' & quaresma

A exploração do étimo da palavra "carnaval" é bastante divulgada nos meios acadêmicos e, possívelocasião, conhecida de alguns dos que me lêem... "Carne de nada vale", ou a carne não vale de nada, "pois o espírito é o que dura na alma". Antes do XX centênio, -- digo isso sem pesquisas, mas apenas pela memória de conhecimento da cultura ocidental que tenho guardado nas gavetas da caixola... -- havia o feriado da quaresma, que os católicos romanos celebram (não estou a par dos feriados do patriarcado ortodoxo), que é contado em quarenta dias antes da páscoa católica (que é, também baseada em cálculos, ao que me parece, diferentes das contagens judaicas contemporâneas...).
Em Veneza, dentre outras cidades italianas dos dias de Will Shakespeare e Geoff Chaucer começaram a surgir tradições, possivelocasião oriundas de costumes pagãos romanos ou romano-germânicos (porque entre os dias de Will e Geoff e os dias da Roma pagã, há os dias de Cárolo Magno, pois Roma foi invadida e Odoacro, rei germão, começou a reinar, no V centênio aD, enquanto os romanos permaneciam em Constantinópolis, num domínio que somente foi subjugado pelos "bárbaros" -- turcos, no caso deles -- nos dias de Will e de Geoff), começavam, portanto, a surgir, nas cidades italianas dos dias da queda de Constantinópolis, o costume de se realizar festivais, festejos, reuniões de côrtes, nas quais as pessoas vestiam máscaras.
E, nessas festas, a religião era suspensa, como nas festas em honra ao deus Baco, dos romanos anteriores a Odoacro, e as pessoas podiam simplesmodo brincar em detrimento dos "bons costumes". Surgiu assim a designação de que, naqueles -- nestes dias -- impera o ideal de que são dias da carne, e, afinal de contas, a "carne de nada vale"!
Alguns levam isso a extremos, e andam sem roupa, homens que passam todo o ano escondendo tais desejos aproveitam ocasião para vestirem-se de mulher, dando espaço às suas frustrações em relação ao estado imutável da natureza. Alguns aproveitam o tempo de liber ('tinagem) 'dada para usarem de corpos alheios que se dispõem, nesse período a serem usados. Outros, a maioria, penso, como toda manifestação popular de festas, aproveita os dias para simplesmodo e mente brincar, pular e se divertir.
Os puritanos reúnem-se em colônias fora desse mundo depravado, e dessa "geração perdida", como se não estivesse a geração perdida nos demais 360 dias do ano (...).
&ponto_

0 "TAMBÉM QUERO FALAR!" / É, só que agora EU NÃO VOU DEIXAR!

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