domingo, julho 10, 2005

Superadas as mágoas, sigo adiante

Superadas as mágoas com relação à fada-mãezinha que tinha, de consideração, sigo adiante, sem fadas-mãezinhas, com esperança apenas numa fadinha, que estou por reencontrar, no labirinto da vida.
Este será espaço para escrever sobre Degendorf, de futuro, se eu puder fazer tal coisa.
(É uma façanha por ser enfrentada, e não sei se sobreviverei às estórias de Fredenando e Sofia, e ao episódio de Degendorf não mais do que o episódio de Degendorf me tem atormentado a vida, desde que o... "vi")
E a estória de Nefário, cuja natureza desconheço, ainda, e hesito, confesso, em escrever, pois Nefário seria ele debaixo de maldição, e essas coisas de sortilégio, admito, me causa temor sequer mencionar em escrito, como se existente pudesse tornar-se, uma vez que, alguns tipos de sortilégio, penso, constituem em fantasia, tais como transmutações. Não acredito que um homem possa tornar-se em animal (ou ser tornado em um), senão na mentalidade.
Posso dizer que tenho mentalidade felina, mas nunca assumi a forma, o corpo de um felino. E tenho medo de entrar nessas metáforas, pois não sei que podem significar ou vir a significar no universo de palavras que a literatura humana constitui, uma vez que não considero que todos os escritos sejam ou possam ser considerados "saudáveis" à humanidade. Refiro-me a Franz Kafka e até mesmo a Jorge Borges, embora o primeiro seja realmente obscuro, e Jorge, bem, não poderia julgar.
Se escrever as estórias de Nefário, farei isso como discípulo de Jorge Borges. Não do mesmo modo que ele, talvez, não na exatidão, mas tendo-o como inspiração, em parte. Na maior parte. Temo, contudo, que haja algo do Franz, em Nefário, e é justo isso o que me faz temer grandemente! Não quero ser sequer confundido como discípulo de Franz. Não gosto do modo do tom nem do timbre que ele transmite à humanidade.
Tenho medo da metamorfose. Talvez deva ler Ovídio, mas estou lendo Marco Valério, e não lerei o outro tão cedo. Daquela água não beberei, por agora. Plano meu. Talvez eu esteja enganado. Espero poder comprovar logo essa hipótese.
Concluo.
Gustavo Olivieri,