sábado, outubro 29, 2005

Porque uma moça deixou de ser uma flor por causa de uma tatoo

Crossing Jordan, um episódio não sei qual. Tem uma personagem que se chama Lily. Ela tem uma tatoo. O cenário principal do seriado é o IML (Instituto Médico Legal) de Nova York. A moça trabalha na assistência social do IML, consolando os parentes das pessoas que morrem e ali chegam para que autópsias sejam feitas.
Em certo episódio, a moça é incapaz de cumprir o trabalho dela, pois o homem em questão, cuja família (mãe) ela devia consolar tinha morrido por contrair AIDS em seu processo de tatuagem. Quando a mãe do dito homem vê que a assistente social tem uma tatuagem, sofre aquele bloqueio do tipo tabu. Não consegue.
A moça entra em crise, tira a tatoo, mas, no fim do episódio, tem uma conversa com um dos outros personagens. Ela diz "eu não sei mais quem eu sou..." e ele responde "você é quem você é" "mas quando eu me tatuei, eu fiz isso porque eu estava fazendo algo pra ser eu mesma..."
Eles terminam o diálogo com ele consolando a moça, que é algo nobre o que ela fez: ela tinha decidido tirar o que era muito importante pra ela pra que o trabalho dela não sofresse mais impedimentos por qualquer coisa que ela tivesse feito no corpo dela.
Ele a exalta, dizendo "é algo forte o que você fez: dedicou o seu corpo ao seu trabalho".
Ela chega à conclusão de que o trabalho dela era algo mais importante pra ela do que o que quer que fosse, que tinha feito ela fazer aquela tatoo, e que ela estava abrindo mão até de ser... diferente de acordo com a marca da escolha dela, pra poder ser mais dedicada no trabalho dela. Um trabalho de interação com pessoas, em que ela precisava ser, nas palavras dela, dentre outras coisas... "ordinary"... Comum.
Não posso dizer que sou uma pessoa comum. Será que um dia eu vou ter que destruir todos os meus blogs por causa do meu nobre trabalho?...
Para pensar
Guga
Rio

0 "TAMBÉM QUERO FALAR!" / É, só que agora EU NÃO VOU DEIXAR!

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