Blasfêmias minhas
(Porque todo mundo precisa de catarses.)
Meu primeiro modo de blasfemar foi falar com meus botões, como se deles fosse toda a culpa, de todo sofrimento do mundo:
"Botões!"
(Hoje, tenho cotidianamente somente um botão, o da calça, de modo que tenho que blasfemar no singular, quando algo dá errado, e eu tenho que encontrar alguém pra xingar.)
Há pouco tempo, descobri que podia usar "pombas!", porque é nome da filha do patrão que me rejeitou à traição, e é um bom modo de xingar... Pensar no patrão que me rejeitou à traição, porque me traiu.
Hoje, descobri o "maldito!", ou "maldito seja!". Pode ser empregado no trânsito, ou em outras situações, tais como quando liga o cara do cartão de crédito pra sua casa, fazendo aquelas propagandas imorais em que ele finge que está te entrevistando, quando está, na verdade, colhendo seus dados pra mandar um cartão novinho pelo correio, pronto pra usar ou pra te dar o trabalho de devolver...
A esse tipo de procedimento se dá o nome, no mundo dos poetas, de "maldição".
0 "TAMBÃM QUERO FALAR!" / Ã, só que agora EU NÃO VOU DEIXAR!
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